GLIOMAS E SEUS GRAUS

Você já ouviu falar em glioma?

Os gliomas são tumores cerebrais primários muito raros que acometem o sistema nervoso central, eles representam cerca de 2 a 3% de todos os tipos de câncer em adultos.

 São originados de células-tronco neurogliais ou células progenitoras e apresentam morbimortalidade desproporcionalmente alta.

Este quadro é o segundo tipo mais frequente de câncer em crianças e com pico de incidência nos adultos por volta dos 65 a 79 anos de idade, além de apresentar um discreto predomínio no acometimento do sexo feminino.

Diferentemente de outros tipos de câncer, os fatores de risco para o desenvolvimento de tumores cerebrais ainda não foram devidamente estabelecidos.

Este tumor pode ser classificado de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) com base em suas células de origem e o aspecto histológico, recebendo as seguintes nomenclaturas:

– Astrocitomas;

– Ependimomas;

– Oligodendrogliomas.

Mas esta não é a única classificação que os gliomas recebem. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) os gliomas são classificados em grau de agressividade.

De acordo com essa classificação, os gliomas são divididos em 4 graus histológicos. Os graus podem variar, geralmente, de I a IV, sendo que quanto maior o número mais agressivo é o curso do tumor no paciente. De modo que os tumores de grau I e

I são denominados tumores de baixo grau e os de grau III e IV de alto grau.

Dentre as definições de gliomas de baixo grau podemos citar os astrocitomas, oligodendrogliomas e tumores mistos (oligoastrocitomas), que se classificam de acordo com a OMS como grau 2.

Eles apresentam crescimento lento e baixo índice proliferativo, no entanto, essas neoplasias eventualmente podem apresentar transformação maligna com evolução para um tumor de maior grau.

Astrocitomas

Dentre os subtipos destacados, os astrocitomas são a classe mais comum em crianças, e são originados nas células chamadas astrócitos, elas possuem um formato de estrela e contribuem para o funcionamento de células nervosas do cérebro.

Neste quadro, sua manifestação pode variar de tumores de baixo grau a tumores malignos de alto grau. Ainda, podem surgir em qualquer lugar do cérebro, no entanto, nota-se uma prevalência no cerebelo.

Suas causas ainda não foram devidamente elucidadas.

os astrocitomas são classificados de acordo com a OMS, como:

·         Grau I: astrocitomas pilocíticos e astrocitomas subependimários de células gigantes 

·         Grau II: astrocitomas de baixo grau, incluindo xantoastrocitoma pleomórfico

·         Grau III: astrocitomas anaplásicos

·         Grau IV: glioblastomas e gliomas difusos na linha média

Ependimomas

Os ependimomas são tumores de crescimento lento originados da linha ependimal do sistema ventricular. Vale ressaltar ainda que os ependimomas representam o terceiro tipo de tumor cerebral mais comum em crianças, e sua ocorrência é incomum após a adolescência.

São classificados de acordo com a OMS, como:

·         Grau I: subependimoma

·         Grau II: ependimoma

·         Grau III: ependimoma anaplásico

·         Grau IV: ependimoblastoma 

Oligodendrogliomas

Os oligodendrogliomas são tumores relativamente incomuns e estão entre os gliomas de crescimento mais lento. Pode se apresentar como lesão de baixo grau (II) ou tumor de alto grau de malignidade (grau III).

Em geral, esses tumores acometem pacientes jovens, com pico de incidência

entre 40 a 60 anos de idade.

Os tumores oligodendrogliais costumam ter melhor prognóstico que os astrocitomas com o mesmo grau de malignidade.

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