Os tumores cerebrais
Os tumores cerebrais são caracterizados pelo crescimento desenfreado de células do cérebro ou próximo a ele. Eles são relativamente raros, no entanto, é o segundo tipo mais frequente em crianças. Além disso, são tumores de difícil detecção.
A OMS classifica os tumores cerebrais primários de acordo com as células de origem, sendo 80% dos casos classificados como tumores neurogliais. Estes podem se desenvolver a partir de células como astrócitos, oligodendrócitos e células ependimárias.
Sinais dos tumores cerebrais
De forma geral, os sintomas desses tumores podem se manifestar de forma gradual ou repentina. A forma como esses sintomas vão acometer o paciente depende de muitos fatores.
A pressão dentro do crânio é muito comum nesta condição, sendo provocado pela presença e desenvolvimento do tumor em qualquer parte do cérebro, mas ainda pode ser ocasionada pela interrupção do fluxo do líquido cefalorraquidiano causado pelo tumor.
Com isto, é desencadeado alguns sintomas gerais que estão presentes na maioria dos casos, como:
– Dor de cabeça;
– Náuseas;
– Vômitos;
– Visão turva;
– Problemas de equilíbrio;
– Alterações na personalidade ou comportamento;
– Convulsões;
– Sonolência.
Estes são sintomas mais gerais. Porém, dependendo da área que estes tumores se desenvolvem são ocasionados sintomas mais específicos, como por exemplo, quando acometem áreas responsáveis por movimentos e sensação, podem gerar fraqueza ou dormência em certas partes do corpo.
Ainda, se desenvolverem em áreas que exercem a linguagem, esta pode ser comprometida. Cada parte do cérebro que for acometida pode gerar sérias consequências específicas às suas funções.
Vale ressaltar que o cérebro também é responsável pela função de alguns órgãos e sistemas, o que significa que o comprometimento desta estrutura pode gerar outros sintomas não específicos relacionados à disfunção de tais órgãos e sistemas.
Detecção precoce dos tumores cerebrais
A detecção desta enfermidade é difícil, uma vez que não existem exames específicos para seu rastreamento. Sendo assim, as pessoas não fazem exames de rotina para sua detecção, na maioria dos casos eles são identificados pela busca de um médico especialista por outros motivos.
Um dos principais fatores que influenciam no prognóstico do paciente consiste na idade, tipo de tumor, localização e estadiamento da doença. No entanto, o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso de uma eventual cirurgia e dos tratamentos ao qual o paciente será submetido.
Pois quanto mais tempo leva o diagnóstico, mais tempo o tumor tem para se desenvolver e comprometer importantes estruturas cerebrais.
Um outro desafio para o diagnóstico precoce consiste nos sintomas manifestados pelo paciente, que podem passar despercebidos ou confundidos com outras situações.
Considerações finais
A detecção precoce é fundamental para o sucesso do tratamento, como em qualquer enfermidade, e apesar de não termos um exame de rotina específico para sua detecção, é muito importante se atentar aos sinais e sintomas que persistem nesta condição, como descrito.
A presença de um ou mais sintomas não significa, necessariamente, a presença de um tumor cerebral, pois estes são expressos em diversas outras condições clínicas. No entanto, não devemos negligê-los, sobretudo, quando se mostram persistentes.
O mais indicado a se fazer é procurar um médico especialista o mais rápido possível, sendo possível a identificação do problema, e intervir precocemente, se necessário. Proporcionando ao tratamento maiores chances de sucesso.