A epilepsia é uma condição que provoca descargas anômalas em nosso cérebro.
Explicando melhor, os nossos neurônios se comunicam através de descargas elétricas, de uma forma organizada. Quando por algum motivo essas descargas ocorrem desorganizadamente ou de maneira mais intensa, nós temos a epilepsia.
🔎 As pessoas relacionam muito a epilepsia com convulsões, no entanto, é muito importante ressaltar que nem todo caso de epilepsia apresenta quadros de convulsão e nem toda convulsão é associada a epilepsia.
Durante uma crise epiléptica, por alguns instantes, é como se uma tempestade elétrica ocorresse no cérebro, resultando em emissão de sinais incorretos que ocasionam diversas reações, dependendo da região cerebral que essa tempestade ocorre. Com isso, podemos ter uma crise parcial ou generalizada, onde os sintomas são mais ou menos evidentes, de acordo com a área atingida.
👉🏻 As crises convulsivas são as mais conhecidas e podem ter como manifestação o desmaio e os movimentos involuntários. Já as crises não convulsivas, podem ter como manifestação apenas uma curta perda de consciência.
Crises de curta duração não costumam causar danos cerebrais, mas crises com durações longas (maior que 20 minutos) pode resultar em danos.
As medicações antiepilépticas são eficazes em alguns casos. Já em outros, a cirurgia é uma alternativa, permitindo que os pacientes tenham uma vida normal.
Todo caso de epilepsia é cirúrgico?
A resposta é não, na maioria dos casos o tratamento é clínico!
Geralmente, os casos cirúrgicos são indicados quando a medicação não é suficiente para o controle adequado das crises.
É necessário o acompanhamento de um neurocirurgião para avaliar cada caso e indicar o tratamento adequado. A cirurgia para a epilepsia é um tratamento eficaz, aumentando as chances de controle das crises, podendo haver redução no uso de medicamentos e melhorando a qualidade de vida do paciente.
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Dr. Vinicius Amaral – Neurocirurgião
CRM/MG 64372 – RQE 47851