EPILEPSIA E SUAS CLASSIFICAÇÕES

O QUE É

Uma síndrome epilética é entendida como distúrbio com sinais e sintomas de extrema complexidade, os quais proporcionam um condição única nos pacientes. Seus sinais podem ser:

 clínicos, como história, idade de início, tipos e modos de aparecimento das crises, natureza progressiva ou não e achados neurológicos e neuropsicológicos. 

No entanto, ainda podem ser achados de exames complementares, como eletroencefalograma (EEG), estudos de neuroimagem, mecanismos patofisiológicos e bases genéticas.

Sua ocorrência raramente apresenta duração superior a 1 minuto, e é contemplada com a manifestação de sinais  e/ou sintomas transitórios.

Quanto aos sinais clínicos, são subjetivos, constituindo-se por fenômenos em estado consciente, denominados auras. Porém, ainda  pode ocorrer manifestações motoras de tipos variados 

O fenômeno epilético pode se originar tanto de um hemisfério cerebral, como de ambos os hemisférios. Quando iniciadas em um hemisfério são chamadas de crises focais ou parciais, desencadeando descargas neuronais excessivas e síncronas. Quando tal descarga envolve os dois hemisférios cerebrais, as crises são denominadas generalizadas. 

CLASSIFICAÇÃO 

Classificar os tipos de epilepsia se faz necessário, uma vez que, provoca implicações diretas, tanto na terapêutica como no prognóstico. Sendo assim, é de suma importância se atentar a estas subdivisões, visando a melhor estratégia possível a ser aplicada em cada paciente em particular . 

Um exemplo bem claro disto é que, drogas antiepilépticas, quando aplicadas inapropriadamente ao caso, podem piorar as crises. Portanto, sua classificação ajuda a elucidar o tratamento adequado e estabelecimento do prognóstico, programação da duração do tratamento e instituição da melhor modalidade terapêutica.

Sua classificação se baseia, em primeiro lugar, na etiologia. Assim, são classificadas em:

  •  Idiopáticas;
  • Sintomáticas ou lesivas;
  • Criptogênicas;
  • De causa desconhecida.

Idiopáticas 

As epilepsias idiopáticas são aquelas onde a ausência de substrato lesional, e são associadas a fatores genéticos. Essa variação recebe essa denominação (idiopática) pelo fato de seu quadro não ser estabelecido como sintoma de alguma condição, e sim pela própria epilepsia, que assume o papel de doença. 

Para se classificar uma epilepsia como idiopática é necessário excluir achados da história clínica e dos exames físico e neurológico, assim como dos testes neurofisiológicos e de neuroimagem sugestivos de natureza sintomática. Também são necessários sinais eletroclínicos altamente sugestivos da natureza idiopática.

Sintomáticas 

As epilepsias sintomáticas, são consequentes de lesão estrutural do sistema nervoso, manifestando-se como sintoma desta condição. Seu diagnóstico consiste na constatação de sinais clínicos que denunciem a patologia cerebral e é baseado em elementos positivos. 

Criptogênicas 

As epilepsias criptogênicas compreendem aquelas cuja etiologia é desconhecida. Entretanto, os dados relatam provável relação a um substrato lesional 

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da epilepsia é baseado nos achados clínicos e envolve a realização de anamnese detalhada, buscando a caracterização de eventos potencialmente capazes de implicar na gênese das crises.

Ainda, pode ser realizado o eletroencefalograma, visando um suporte do diagnóstico, e a caracterização do tipo de epilepsia. 

Outros recursos podem ser aplicados, como tomografia de crânio e, principalmente, ressonância magnética. Estes exames de neuroimagem são capazes de determinar o tipo da lesão epileptogênica. 

Vale ressaltar, que se faz necessário a presença de uma testemunha que possa relatar com riqueza de detalhes os episódios sofridos sofridos pelo paciente. 

Se faz necessário a busca por médico especialista para avaliação de cada caso de epilepsia. Sendo este capaz de classificá-la e determinar a  terapêutica  adequada. 

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